Há 100 anos, o Brasil testemunhou uma das maiores tragédias marítimas de sua história, quando o paquete espanhol Príncipe de Astúrias naufragou nas águas próximas ao arquipélago de Ilhabela. Foi uma catástrofe que deixou uma marca indelével na memória do país, sendo frequentemente comparada à tragédia do Titanic, o famoso navio britânico que afundou dois anos antes no Atlântico Norte.

O Príncipe de Astúrias partiu em sua última viagem em 17 de fevereiro de 1916, com destino à América Latina. Era uma jornada rotineira, mas que acabaria em desastre. Com escalas em diversos portos espanhóis, o navio alcançou o Oceano Atlântico e dirigiu-se a Santos, no Brasil, onde desembarcaria passageiros e carga.
A bordo estavam registradas oficialmente 654 pessoas, entre tripulantes e passageiros, embora se suspeite que mais de 800 imigrantes clandestinos estivessem nos porões, fugindo da Primeira Guerra Mundial. À medida que se aproximava de Ilhabela, conhecida como o "Triângulo das Bermudas do Brasil", o Príncipe de Astúrias enfrentou dificuldades. Apesar do mau tempo, os passageiros continuavam a desfrutar de um baile de carnaval, alheios ao perigo iminente.

O desastre ocorreu quando o navio colidiu com uma laje submersa perto da Ponta da Pirabura, abrindo um rasgo no casco. Em meio ao caos, os esforços de salvamento foram frustrados pela falta de eletricidade após a explosão das caldeiras. Em menos de cinco minutos, o navio foi tragado pelo mar, levando consigo mais de 1.000 vidas.
A magnitude da tragédia e os momentos de horror vividos pelos passageiros e tripulantes são difíceis de conceber. Muitos foram presos aos escombros do navio ou lançados violentamente contra as rochas pelas ondas. Alguns conseguiram se salvar agarrando-se a objetos flutuantes ou nadando para longe do naufrágio.

O naufrágio do Príncipe de Astúrias permanece como uma das maiores tragédias marítimas da história do Brasil. Mais informações sobre este acontecimento podem ser encontradas nas obras de Jeannis Michail Platon e no Museu Náutico de Ilhabela, locais que preservam a memória desse desastre e honram as vidas perdidas naquela fatídica manhã de março de 1916.
Fonte: PLATON, JEANNIS MICHAIL. ILHABELA SEUS ENIGMAS: Histórias - Lendas - Tesouros - Naufrágios (Portuguese Edition) (p. 79). Edição do Kindle.
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Por: Silvia Rocha | Morar em Ilhabela
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